4 de março de 2014

O Hobbit - J.R.R. Tolkien

Autor(a): J.R.R. Tolkien
Editora: WMF Martins Fontes
Número de Estrelas: 3 estrelas
Número de Páginas: 296 páginas
Skoob: O HobbitComprar: Submarino | Saraiva
*os links de compra para esse livro são a sua versão com a capa de A Desolação de Smaug, que é a mesma versão que a minha, por isso eu botei ela como a capa representativa do livro neste post.* Então, personas, essa é a minha primeira tentativa completa de ler algo do Tolkien. A anterior (A Sociedade do Anel) não rolou, então depois de assistir aos filmes d'O Hobbit, eu decidi comprar esse livro só para prestigiar graficamente a magnitude que eram aquelas cenas... e que cenas! Eu e um grupo de amigas resolvemos transformar ele no livro do mês no nosso "clube do leitor". Eu comecei a lê-lo no dia 8 de Fevereiro e só consegui acaba-lo por volta do dia 1 de Março. Mas vejam a resenha abaixo para saberem o motivo... ah, vale lembrar que essa resenha vai ser dividida em dois momentos: o primeiro momento, no qual eu estava super empolgado para ler o livro; e o segundo momento, no qual eu já estava pedindo por tudo para que esse livro acabasse.
"Numa toca no chão vivia um hobbit.". Começar uma resenha de O Hobbit sem citar esse trecho não é resenhar O Hobbit. Bom, numa toca no chão vivia um hobbit, o protagonista das aventuras desse livro, o senhor Bilbo Bolseiro. Um dia, enquanto estava sentado e fumando seu cachimbo, o famoso mago Gandalf, o Cinzento, lhe aparece e marca um chá da tarde para o dia seguinte. No dia seguinte, à contra-gosto, Bilbo começa a preparar a cerimônia em sua casa, mas ao invés de vir sozinho, Gandalf leva consigo treze anões. Depois de comerem quase toda a comida da despensa de Bilbo, cantarem músicas exaltando tempos antigos, eles informam ao pequeno hobbit que precisam de um ladrão para conseguirem de volta o seu tesouro há muito tomado deles pelo terrível dragão Smaug. E é isso que o livro vai mostrar! Tudo o que essa Companhia de 13 anões, 1 mago e 1 hobbit sofreram para conseguir esse tesouro de volta.

Bom, quando a gente planejou criar esse clube do leitor e pôr O Hobbit como primeira leitura, nós também decidimos que no post da resenha iríamos falar sobre o autor, J.R.R. Tolkien, seu processo criativo, iríamos falar sobre as adaptações e tudo o mais relacionado ao senhor Bolseiro e a grandiosa Terra Média. Mas ao longo do que eu fui anotando aqui, tanto o que achei do livro quanto algumas informações complementares sobre o processo criativo do Tolkien, eu vi que esse post seria enorme... de verdade! Então eu decidi fazer o seguinte: esse post será somente a resenha, mas aos poucos eu irei falando algumas coisinhas sobre o Tolkien. Okay? Vamos lá!

Eu já fui para O Hobbit me arriscando de duas maneiras: uma delas foi que me disseram que a escrita do Tolkien era muito rebuscada, cheia de descrições (George R.R. Martin disse que Tolkien foi sua inspiração, então já sabemos porque ele passa parágrafos e mais parágrafos descrevendo as coisas) e um tanto complexa; a outra foi ir para o livro com o que eu tinha visto nos filmes. Vamos falar sobre a primeira arriscada. Quanto a linguagem desse livro ela é muito simples, de fácil entendimento e flui totalmente. Ela é um pouco infantil, talvez por ter sido a primeira obra publicada ou por ela ter sido contada para seus filhos, então precisava de um palavreado menos denso para que eles conseguissem entender direitinho.

Quanto às descrições, elas não são tão profundas assim. Os fatos e os lugares não são bem descritos. Claro!, há as imagens para ajudar na hora de imaginar as coisas, mas não são todos os espaços que tem ilustrações que os representem. Em certo momento da obra, Tolkien diz que os acontecimentos ruins têm mais descrição que os bons... se ele pretendia fazer isso no livro, não fez, porque nem os bons nem os ruins tem uma descrição boa. O que me deu até a ideia de preguiça quanto ao autor. Os mapas no começo e no fim do livro ajudam muito a se localizar nos espaços. São muitos lugares, mas ao longo das informações que o autor dá, você consegue seguir o caminho sem se atrapalhar.

Uma coisa que eu gostei da escrita do Tolkien foi o fato de ele "conversar" com o leitor. Em certos momentos ele para o que está descrevendo só para dizer algo "mas isso só vamos ver lá na frente", ou algo como "como você bem sabem...". Ao longo do texto, o autor vai lhe dando partes de informações que ajudam na familiarização das raças e personagens e lugares, o que você pode ir juntando tudo ao longo das obras e ter um panorama geral bem definido e bem aprofundado.

Os personagens mais importantes (e isso o autor vai deixando bem claro ao longo da narrativa) são evolucionários. Fica aqui a referência ao senhor Bolseiro. De início ele era um bom hobbit descendente dos Bolseiro, detestava aventuras, detestava desordem e agitação, mas ao longo dos empecilhos, ele se vê mais próximo ao seu lado Tûk. Aventureiro, bravo, corajoso e até mesmo ladrão. Gandalf acaba sendo um chato do começo ao fim. Quase sempre irritado e sempre escondendo coisas da Companhia. Mas no fim do fim, eu fiquei com aquela sensação chato quando você não consegue se identificar e prender a pelo menos algum personagem.

Lá em cima, na introdução do post eu disse que essa resenha seria dividida em dois momentos, não foi? Momento um: quando eu estava empolgado com o livro. Momento dois: quando eu estava pedindo para ele acabar. Bom, o momento um já foi. Foram esses seis parágrafos acima. Agora vamos ao momento dois.

Muitos autores (e obras) são 8 ou 80. Ou você ama ou você detesta. Infelizmente, pra mim, o Tolkien foi 8. Entendo que ele serviu de inspiração para ótimos autores e fantasia. Mas, pelo menos nesse livro, eu não consegui sentir uma empatia tão grande pelo autor. O "fogo" em que eu estava para ler logo tudo do autor, acabou se perdendo. Mas quem sabe em algum outro momento ele não volte!? Vou tentar Silmarillion.

Acho que antes da metade do livro eu já não aguentava mais ler ele. Não é a toa que eu tive que ler (e terminar) três livros para ver se a animação voltava. Voltou e consegui completar ele. E agora eu afirmo sem dó nem piedade: eu prefiro os filmes. Claro, sem o livro sem filmes, mas eu prefiro mil vezes os filmes ao livro. E se você quer saber o que vai acontecer em cada filmes, correspondente ao livro, eu separei isso.
• Uma Jornada Inesperada: (páginas) 1 ~ 113
• A Desolação de Smaug: (páginas) 114 ~ 238
• Lá e de Volta Outra Vez: (páginas) 239 ~ 296
Eu achei um pouco estranho o último filme ser tão feito com base em poucas páginas, mas eu espero me surpreender com a mente do Peter Jackson. Vamos ver no que dá!

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